sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Danças?

Primeiro descobri-te
Mais tarde vim a descobrir
Que talvez não o devesse ter feito
Redescobri-te
Mas sem te descobrir
Sempre na ânsia de te descobrir
De te apanhar à descoberta
Finalmente descobri-me
E tu...
Tu descobriste-me
Agora que estamos nus
Vamos dançar?

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Os humores do Tejo

Passei por ti hoje
Estavas sombrio
E suave
Qual pele de mulher

Por vezes cruzo-te
Em dias de calmaria
E estás lamacento
Qual criança chegada do jardim

Outros dias há
Em que estás turbulento
É como gosto mais de te ver
Rebelde, agitado, disposto a destruir

domingo, 4 de janeiro de 2009

Monólogo de Amor

Disseste-me:
“Não recebeste a mensagem
Ficaste inquieto e eu não gosto
Nessas alturas
Vais para a lareira
E ficas a olhar...a olhar
Abraçei-te por trás
E tu …
A olhar... a olhar para o fogo
Vi-te os olhos em sobressalto nas chamas
Os cabelos a arder
Vi-te o pensamento sair pela chaminé
misturado com o fumo
Se pudesse, mandava-te eu a mensagem
E continuavas a olhar... para o fogo”

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Confissão de ladrão

Nunca consegui encontrar
uma chave que abrisse a tua porta
Por isso, arrombei-a

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Analfabetismo

Se ao menos conhecesse as letras
que permitem ler-te,
talvez ...

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Monólogo louco

Se viesses hoje ...
A noite está tão revolta
Mesmo que não prometesses nada
Mesmo que fosse só um momento
Eu iria
Que a noite está tão revolta
Mas teria de ser hoje
E eu voaria
Para lá...
Ou para lugar nenhum
Voaria só para te ouvir
Para te ver, para te sentir
A noite está tão revolta...
Eu iria...

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Sombras e sonhos

Sombras do que deveria ser
Um jardim, numa floresta a arder
Esse jardim…
É o mundo que nunca chegarei a ver